segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PESSOAL DO 7º ANO

Como vocês puderam perceber pelas postagens feitas durante este ano, tivemos a oportunidade de aprender muitos temas diferentes. Tivemos uma variedade de postagens sempre pensando em  vocês. Gostaria que todos tivessem prazer em aprender história, por isso, como vocês puderam perceber, fiz isso por vocês meus queridos alunos. O blog vai continuar no ano que vem, com postagens de temas que iremos estudar e também com sugestões de vocês. Assim, desejo a todos um Natal cheio de paz e final de ano maravilhoso. Espero todos vocês em 2013. Um beijo da Prô Renata.

                



                

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CALENDÁRIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA





No outono:
Vindimiário (vendémiaire): 22 de setembro a 21 de outubro
Brumário (brumaire): 22 de outubro a 20 de novembro
Frimário (frimaire): 21 de novembro a 20 de dezembro
No inverno:
Nivoso (nivôse): 21 de dezembro a 19 de janeiro
Pluvioso (pluviôse): 20 de janeiro a 18 de fevereiro
Ventoso (ventôse): 19 de fevereiro a 20 de março
Na primavera:
Germinal: 21 de março a 19 de abril
Floreal (floréal): 20 de abril a 19 de maio
Pradial (prairial): 20 de maio a 18 de junho
No verão:
Messidor: 19 de junho a 18 de julho
Termidor (thermidor): 19 de julho a 17 de agosto
Fructidor: 18 de agosto a 20 de setembro




Durante a Revolução Francesa foi abolido o calendário gregoriano, uma forma de simbolizar a ruptura com a ordem do Antigo Regime,e instituído um calendário revolucionário.
O calendário revolucionário vigorou de 22 de setembro de 1792 a 31 de dezembro de 1805. Napoleão Bonaparte ordenou o restabelecimento do Calendário Gregoriano, que voltaria a vigorar durante a Comuna de Paris.

A REVOLUÇÃO FRANCESA FOI CAUSADA PELA FOME

A Revolução Francesa foi um longo processo que teve como marco uma grande seca e fome generalizada, fatores que conduziram e se somaram a outros, fazendo a população urbana de Paris se revoltar contra o rei, espalhando a revolta entre os camponeses no campo e criando um ódio generalizado pela nobreza.


A burguesia, temendo engrossar a lista de desafetos da população mais humilde, acabou tomando a frente, transformando o que era uma revolução puramente popular em burguesa.

A conseqüência foi um período instabilidade política e social, que terminou com a execução do rei e da nobreza, descambando em uma constante alternância no poder de segmentos da burguesia que executavam sempre seus antecessores, ou seja, burgueses começaram também a ser executados.

Em meio ao caos, um jovem general, Napoleão Bonaparte, sendo muito popular entre a população urbana de Paris e entre os soldados do exército, habilmente tomou o poder e, posteriormente, tornou-se imperador da França, estabelecendo uma nova nobreza, criado artificialmente, a dominar o país.

Em termos do derrubada da monarquia absolutista, a França voltou à estaca zero.


Antecedentes.

Depois de um período conturbado envolvendo a formação do Estado nacional francês, subiu ao poder, nomeado pelo rei, o cardeal Richeleieu. O momento era de puro antagonismo estamental entre a nobreza e a burguesia. 

Cabe lembrar que antes da Revolução Industrial fortalecer o sistema capitalista, não existiam classes sociais, um conceito que implica em poder de consumo. Estamentol diz respeito também a posição social, mas está a outros fatores, tal como o nascimento, o nível de escolaridade, a função exercida, etc. 

Na época, o rei era um monarca absolutista, consagrado por Deus, ninguém poderia contestar suas desições e mudar as leis era sua prerrogativa. 

O ministro do rei da França, Luís XIII, era justamente o cardeal Richelieu, imortalizado no romance Os três mosqueteiros de Alexandre Dumas, onde ele é o vilão da história. 

Richelieu organizou um forte aparelho burocrático, responsável pelo arrecadamento de impostos, possibilitando a manutenção de um poderoso exército terrestre e a nomeação do funcionalismo publico. 

Isto fez ascender uma burguesia togada que deu vazão a uma parte considerável das aspirações sociais da categoria, criando uma certa mobilidade social entre os burguese e, portanto, não tornando necessário a burguesia se revoltar contra o rei.

As reformas de Richelieu possibilitaram a consolidação do absolutismo francês, permitindo, posteriormente, após a regência da rainha mãe Ana da Áustria e do cardeal Mazzarino, que um grande volume monetário fosse empregado na fabricação da imagem pública de Luís XIV (1661-1715). 

O rei foi transformado em uma criatura dotada de poderes divinos, marcando o apogeu da monarquia francesa, sintetizada pela célebre frase proferida pelo alcunha pela qual Luís XIV passou a ser conhecido, o rei Sol: “O Estado sou eu”.

O governo de Luís XIV, marcado pela consolidação do sistema westfaliano, um acordo de paz estabelecido na Alemanha, foi caracterizado pelo afastamento dos ministros permanentes e do conselho (abarcando o chanceler, o diretor de finanças, e os secretários de Estado – da Guerra, da Marinha, da Casa Real e dos Assuntos Estrangeiros). 


O rei acumulou todas as funções. Tomando como uma das primeiras medidas, o envolvimento da França em conflitos contra a Holanda e Espanha.

No entanto, mantendo a França caracteristicamente agrária, contraditoriamente, Luís XIV entregou a administração do comércio do reino a Jean Baptiste Colbert. 

Este sujeito procurou desenvolver manufaturas, protegidas da concorrência por leis alfandegárias, contratando trabalhadores especializados no estrangeiro por altos salários; incentivando a navegação e a colonização francesa das Antilhas, no Novo Mundo, investindo na produção açucareira e no tráfico de escravos.

Os gastos com a criação de um sistema mercantilista francês por Colbert, somados a manutenção de uma Corte luxuosa e um exercito numeroso, conduziu a França a um enorme déficit público, coberto com a exploração dos camponeses e pilhagens efetivadas a partir das guerras no exterior.

Para centralizar o poder e controlar a nobreza, o rei abrigou 10 mil nobres no palácio de Versalhes, a 20 km de Paris, onde viviam de forma extremamente luxuosa, recebendo, de Luís XIV, terras, isenção de impostos e cargos públicos para si e seus dependentes.

A conjuntura criou uma situação insustentável, agravada após a morte de Luís XIV. Seu sucessor, Luís XV, herdou um país marcado por contradições que conduziriam a Revolução Francesa e a época Napoleônica, reconfigurando as relações internacionais e o mapa da Europa, levando a falência da paz de Westfália. 

O novo rei resolveu utilizando como estratégia para cobrir o déficit público, a solução simplista de aumentar os impostos cobrados dos homens do campo e da baixa burguesia, já que a possibilidade de pilhagem através das guerras se esgotava. 

Um episódio mítico e emblemático, narra que, na ocasião da morte de Luís XV, o monarca teria proferido em seu leito de morte: “depois de mim, o dilúvio”, referindo-se a péssima situação em que deixava a França que seria herdada por Luís XVI.

Entretanto, antes de prosseguir, é interessante notar que, a despeito do conceito de revolução implicar na idéia de mudanças bruscas, pragmaticamente, a análise histórica braudeliana permite notar que qualquer alteração da conjuntura é sempre gradual, com raízes distantes do fato em perspectiva. 

Assim, o entendimento das implicações internacionais envolvendo a Revolução Francesa, obviamente, passa pela análise de seus antecedentes.

O contexto.

Quando Luís XVI foi coroado, em 1774, assumiu o trono de uma França cerceada pelo inicio da hegemonia inglesa, com uma burguesia fortalecida pelas reformas de Colbert, mas que aspirava maior poder político e equiparação aos privilégios da nobreza; simultaneamente, com camponeses insatisfeitos com as altas taxas cobradas para manter o conforto dos nobres, tentando libertar-se das obrigações feudais ainda em voga.

A França desta época tinha aproximadamente 25 milhões de habitantes, dos quais 20 milhões viviam na zona rural nas piores condições imaginadas; enquanto 120 mil religiosos do alto clero (cardeais, bispos e abades), junto com 350 mil nobres eram mantidos por pensões reais e pela ocupação de cargos públicos.

Isto, a despeito de uma parcela significativa da burguesia também ocupar posições de destaque no funcionalismo público, embora fossem compradas por banqueiros, financistas e advogados – representando mais a possibilidade de prestigio social do que de renda.

Nas cidades, internamente, as manufaturas reproduziam as tensões sociais, com uma minoria de burgueses abastados vivendo luxuosamente, ao custo da exploração de aprendizes e jornaleiros (contratados por jornada diária), os quais eram cerca de 200 a 600 mil pessoas. 

Surgiam conflitos resolvidos como o célebre episódio do massacre dos gatos, na rua Saint-Séverin, em Paris, no final da década de 1730, quando, sabendo do amor fraternal da esposa do patrão por gatos, os operários de uma tipografia vingaram-se dos maus tratos do mestre, divertindo-se, caçando gatos para julgar e executar, pelos meios mais cruéis (enforcamento, esfolamento, empalamento, etc), como se os gatos fossem ricos burgueses.

Para piorar a situação, a partir de 1786, o nascente processo de industrialização francês entrou em crise, principalmente, por conta de um tratado comercial com os ingleses, pelo qual os produtos agrícolas franceses passavam a gozar de isenção alfandegária na Grã-Bretanha, em troca da equivalente isenção para os produtos industrializados ingleses na França. 

O acordo condenou centenas de operários a vagarem desempregados pelas ruas dos centros urbanos a mendigarem e buscarem sustento na criminalidade, sobretudo na capital da França, a cidade de Paris.

Em 1788, a natureza contribuiu para agravar ainda mais o quadro e criar o que realmente motivaria a Revolução Francesa: uma grande seca diminuiu a produção agrícola, fazendo os preços dos alimentos dispararem, ampliando a miséria nas cidades e levando a fome também para a zona rural.

Manifestações populares passaram a exigir providências, mas o tesouro real estava desfalcado pelo déficit iniciado no governo de Luís XIV, ampliado pelos gastos com o apoio francês a independência dos Estados Unidos da América, estimados em 2 bilhões de libras, fornecido como forma de abalar o poder inglês.

Tudo em um momento em que, seguindo o estimulo fornecido pelo iluminismo, grassava na Europa o despotismo esclarecido, quando os príncipes passaram a utilizar filósofos liberais em favor do fortalecimento do absolutismo. Tal como procedeu Frederico II da Prússia, Catarina II da Rússia e D. José de Portugal. 

O que levou Luís XVI a buscar solucionar a questão do déficit nomeando Tugot, um liberal pertencente ao grupo dos economistas fisiocratas, como ministro da Fazenda.

Em concordância com a tendência fisiocrata, segundo a qual toda riqueza seria oriunda dos recursos naturais, Tugot implementou uma série de reformas que tentavam acabar com os resquícios medievais, propondo a abolição das corporações de ofícios, dos direitos alfandegários internos e da corvéia, o trabalho compulsório e gratuito dos servos nas terras do senhor. 

Ele propôs ainda que o clero e a nobreza passassem a pagar impostos. Obviamente, as reformas de Tugot não foram bem recebidas pela burguesia e a alta nobreza, culminando com sua demissão.

Em 1787, o rei nomeou Calonne como novo ministro da Fazenda, o qual, enxergando, como seu antecessor, a cobrança de impostos da nobreza e do clero como única saída para cobrir o déficit público, imediatamente convocou a Assembléia dos Notáveis, uma reunião onde nobres e clerigos de alta posição se juntavam em torno do rei para discutir idéias e aconselhar o rei, a quem cabia a última palavra. 

Calonne conclamou nobres e clérigos a abdicar de seus privilégios em nome do saneamento da economia do Estado. A proposta, obviamente foi recusada, incitaram revoltas e protestos nas províncias em que os nobres e clerigos participantes da Assenbléia tinham influencia e onde povo passava fome, sem ter como conseguir alimentos em lugar algum.

Mais uma vez o ministro da Fazenda caiu, enquanto a situação nas ruas se agravava, avolumando-se protestos violentos contra o rei e as péssimas condições de vida, criando um ambiente de permanente tensão e convulsão social, reprimido através do uso do exército como elemento policial e de prisões políticas, com encarceramentos na famosa Bastilha. 

Diante da situação, em 1789, o novo ministro, Necker, apoiado pela nobreza, que então começava a sentir os reflexos dos protestos que havia incitado, convenceu o rei a convocar a Assembléia dos Estados Gerais. 

A Assembléia era uma reunião que tinha como função aconselhar o rei, sendo composta pela nobresa, o clero e do povo, o detalhe é que o povo só tinha como representantes elementos da alta nobresa. 

A última vez que a Assembléia havia se reunido havia sido em 1614, quando ficu estabeleciado que a instituição iria funcionar como uma espécie de parlamento provisório, com membros eleitos para solucionar questões especificas, no caso, o problema do déficit público.

A intenção era aprovar a cobrança de impostos dos clérigos e nobres, contudo, formado por 300 deputados de cada Estado (1º. nobreza, 2º. clero e 3º. o restante da sociedade), a soma dos votos impossibilitava a aprovação. 

Esta era uma condição conhecida desde o momento em que se iniciou a campanha dos candidatos à Assembléia, expressa em panfletos que atacavam a monarquia e ressaltavam os erros do governo, conclamando a população urbana a se sublevar.

Aclamados pelo povo, os deputados do 3º. Estado, ou seja, a alta burguesia, pressionaram o rei ao declararem-se como uma Assembléia independente, culminando com a criação da Assembléia Nacional Constituinte em 9 de julho de 1789. 

A nova instituição foi aprovada pela conivência de Luís XVI. O rei, sem saída, tentava ganhar tempo, enquanto mobilizava tropas para conter o movimento. A revolução francesa estava prestes a começar.

CURIOSIDADES

REVOLUÇÃO FRANCESA
Na ilustração, o povo toma a fortaleza-prisão da Bastilha, em Paris, em 14 de julho de 1789
A Revolução Francesa pode ser definida como uma série de movimentos sociais e políticos que tinha como principal objetivo pôr fim ao Absolutismo na França, o chamado Antigo Regime. As ideias norteadoras desses movimentos estavam ligadas diretamente aos ideais iluministas, que difundiam mudanças sociopolíticas através da divisão do poder político, sendo este eleito e representativo do povo, evitando, assim, decisões centralizadoras.
Os dez anos decorridos entre 1789 e 1799 foram um período de lutas e violência na França. A Revolução Francesa começou quando Luís XVI convocou os Estados Gerais – a Assembleia Nacional – para debater e deliberar sobre a forte crise financeira que assolava o país, estendendo-se até a época em que Napoleão Bonaparte se autodenominou primeiro-cônsul da França. Durante esses dez anos, milhares de aristocratas, inclusive o rei e a rainha, além de líderes revolucionários, morreram na guilhotina.
No início da revolução, o poder supremo na França pertencia teoricamente ao rei; no fim dela, o poder tinha passado às mãos da classe média em expansão, conhecida também como burguesia, integrando assim os processos históricos denominados Revoluções Burguesas.
Os reis Bourbon voltaram ao trono em 1814 e 1815, após cada uma das derrotas de Napoleão. Mas o governo absoluto (no qual o rei tinha poderes praticamente ilimitados) havia chegado ao fim. A revolução estabeleceu na França uma monarquia com poderes limitados.

Pintura mostra a marcha dos revolucionários para depor o Antigo Regime no início da revolução
Causas da Revolução
Com a expansão do comércio e da indústria franceses no século XVIII, uma nova classe de negociantes e fabricantes começou a acumular grandes riquezas. Contudo, o governo não realizou reformas para integrar a nova classe à sociedade. A maior parte dos impostos, que sustentavam os privilégios das elites, recaía sobre essa nova classe média, os camponeses e os artesãos. Os nobres e os clérigos não pagavam imposto sobre a terra e tinham outros privilégios.
Ao mesmo tempo, muitos homens instruídos passaram a questionar o fato de o rei governar por direito divino. A classe média sentia-se tolhida pelas antigas instituições legais, políticas e religiosas e começou a organizar o povo e preparar-se para a revolução.
O primeiro Tratado de Paris, de 1763, contribuiu para desacreditar ainda mais o Antigo Regime, pois cedeu aos ingleses as colônias francesas na Índia e na América do Norte. A nação foi humilhada e a classe média francesa sofreu um grande golpe econômico.
Quando Luís XVI sucedeu no trono a seu avô, Luís XV, o governo estava quase falido e o novo rei recusou-se a realizar reformas.
Começa a Revolução
A França havia fornecido dinheiro para ajudar os norte-americanos na Guerra da Independência, e o tesouro real se esgotou em 1787. O rei só podia conseguir mais fundos convocando uma reunião dos Estados Gerais, o que ocorreu em Versalhes, em maio de 1789.
Pelo sistema surgido na Idade Média, a Assembleia dividia-se em três Estados: os clérigos, os nobres e o povo. Cada Estado tinha um voto. Os membros do Terceiro Estado, constituído pelos camponeses, artesãos e burguesia, que não conseguiriam reformas sem obter o apoio dos outros dois Estados, queriam que cada integrante da Assembleia tivesse direito a um voto. Os nobres e os clérigos recusaram. Os representantes do Terceiro Estado, então, retiraram-se da Assembleia. Reunidos, proclamaram a verdadeira Assembleia Nacional da França. Prestaram o Juramento do Jeu de Paume, comprometendo-se a se separar somente quando tivessem dado à França uma Constituição. Muitos nobres e clérigos inferiores aderiram ao novo grupo, que ficou conhecido como Assembleia Constituinte. O rei viu-se obrigado a reconhecê-los, mas, não satisfeito, planejou dissolver a Assembleia.
O povo saiu às ruas de Paris em apoio ao movimento, demonstrando a insatisfação com o regime absolutista. Em 14 de julho de 1789, atacou a Bastilha, uma fortaleza-prisão, na tentativa de obter armas e libertar vários prisioneiros políticos. Incitada pelos líderes revolucionários, a população começou a desempenhar um papel cada vez mais importante na revolução. Em outubro, uma multidão vinda de Paris, e formada principalmente por mulheres, invadiu o Palácio de Versalhes. A família real teve de pedir proteção à Guarda Nacional. Ao mesmo tempo, camponeses provenientes de várias partes da França começaram a se revoltar contra os senhores feudais. Os nobres franceses, dentre eles o irmão do rei, começaram a fugir do país.
Assembleia francesa, retratada em aquarela, aprovou a Declaração dos Direitos do Homem em 1789
Atos da Assembleia
Durante os dois anos seguintes, a Assembleia Nacional aprovou leis que eliminaram muitos abusos do antigo regime. Os nobres perderam a maioria dos seus direitos, privilégios e títulos.
A Assembleia aprovou um documento famoso, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 26 de agosto de 1789. Redigiu então uma Constituição que transformou a França em monarquia constitucional, com apenas um corpo legislativo. O rei somente poderia declarar guerra ou assinar tratados de paz com o consentimento do Legislativo. Da introdução do documento, constavam os ideais que se tornaram símbolo do movimento revolucionário: liberdade, igualdade e fraternidade. A França foi dividida em departamentos, e estes em distritos e cantões. Os eleitores tinham de ser contribuintes ou cidadãos ativos. As propriedades da Igreja e dos nobres que haviam fugido do país foram tomadas pelo governo. O clero teve de prestar juramento à nova Constituição. A Assembleia Nacional decidiu que nenhum de seus membros poderia ser eleito para a nova câmara, a Assembleia Legislativa, e dissolveu-se em 30 de setembro de 1791 para dar lugar ao novo governo.
O rei não aceitou os atos da Assembleia. Em junho de 1791, tentou fugir da França com sua família, mas foi reconhecido em Varennes e levado de volta a Paris. Os líderes serviram-se dessa tentativa para despertar a desconfiança do povo, que acreditava que Luís XVI conspirava contra a França juntamente com os nobres que haviam deixado o país e os governos de outros países. Vários deles tinham reis que governavam segundo a doutrina do direito divino e temiam que o movimento revolucionário francês pudesse se estender a seu território.

A Assembleia Legislativa
A nova Assembleia reuniu-se em 1º de outubro de 1791. Contava com cerca de 740 membros, eleitos pelos cidadãos ativos, e representava sobretudo a burguesia. Clubes revolucionários radicais, a maioria dos quais formados em 1789, logo se tornaram uma força importante no novo governo. Robespierre liderava os clubes jacobinos, e Georges Jacques Danton, Jean-Paul Marat e Camille Desmoulins eram membros dos franciscanos. Eles dominavam um grupo na Assembleia, chamado Montanha, pois suas cadeiras ficavam na parte mais alta do recinto, à esquerda do orador. Perto deles sentava-se outro grupo importante, chamado Gironda, pois seus líderes eram provenientes de um distrito do mesmo nome. Os membros da Planície sentavam-se na parte baixa e central do salão. Os membros mais conservadores ficavam à direita do orador (muitos historiadores acreditam que os termos direita e esquerda aplicados ao posicionamento político tiveram origem na Assembleia Legislativa francesa). No decorrer da revolução, os jacobinos foram aos poucos se tornando mais poderosos.
A França entrou em guerra com Prússia e Áustria em abril de 1792. A principal tarefa da Assembleia passou a ser conduzir a guerra. Foi formado um Exército nacional. Inicialmente, os inimigos da França foram bem-sucedidos e as notícias das derrotas enfureceram o povo parisiense. Este acreditava que o rei estava conspirando com soberanos estrangeiros para trair a França. Em agosto de 1792, um grupo de rebeldes invadiu o palácio real (as Tulherias), liquidou os Guardas Suíços do rei e obrigou Luís XVI a pedir proteção à Assembleia Legislativa. Esta prendeu o rei e sua família e tirou-lhe todo o poder.
Mais derrotas levaram ao massacre de setembro, durante o qual multidões organizadas invadiram as prisões e mataram mais de mil pessoas. A ordem foi restaurada depois que o Exército francês venceu uma batalha em Valmy. O partido radical assumiu o controle da assembleia e pediu a eleição de uma Convenção Nacional para redigir outra Constituição, já que a monarquia constitucional de 1791 estava terminada com o afastamento do rei.
Robespierre, líder do Comitê de Segurança
A Convenção reuniu-se em 20 de setembro de 1792. Eleita pelo voto de todos os cidadãos masculinos, contava com cerca de 750 membros. Seu primeiro ato foi proclamar a república na França. O perigo de uma invasão foi enfrentado com o fortalecimento do exército, que continuou a conquistar vitórias. Os dois grupos que haviam sido os mais fortes na Assembleia Legislativa, a Gironda e a Montanha, formavam agora os partidos conservador e radical na Convenção. Inicialmente, os girondinos contavam com a maioria. Os radicais, apoiados pelo governo de Paris, queriam conduzir a revolução além do limite desejado pela classe média alta.
Luís XVI foi levado a julgamento por haver traído o país. Ele foi declarado culpado e executado em 21 de janeiro de 1793. Em abril do mesmo ano, a Convenção nomeou um Comitê de Segurança Pública para cuidar da segurança interna da França. Os radicais foram pouco a pouco ganhando poder até que, em junho de 1793, expulsaram os líderes girondinos e os prenderam.
Reprodução da execução do rei Luís XVI, da França, na guilhotina, em 21 de janeiro de 1793
O Terror
Com a subida ao poder do Comitê de Segurança, a revolução entrou na sua fase mais radical. Dentre seus líderes estavam Danton, Robespierre, Lazare Nicolas Marguerite Carnot e Jean-Marie Collot d’Herbois. Centenas de pessoas foram guilhotinadas por serem contrarrevolucionárias ou terem despertado a desconfiança de algum membro do comitê.
Comissários foram enviados às províncias, onde passaram a praticar o terror em colaboração com os clubes jacobinos locais. Os aristocratas, inclusive Maria Antonieta, rainha da França, foram executados primeiro. Depois foi a vez dos moderados, dentre os quais estavam os girondinos. Finalmente, os radicais começaram a lutar entre si pelo poder. Robespierre conseguiu obter a condenação e a execução de Danton e outros antigos líderes. Os revolucionários praticaram o terror como um método de controle político. A França estava seriamente ameaçada por inimigos, tanto dentro como fora do país. Robespierre e os outros líderes acreditavam que nem a França nem a revolução estariam seguras enquanto esses inimigos vivessem. Mais tarde, o próprio Robespierre acabou morrendo na guilhotina. Os homens que o condenaram desejavam acabar com o seu poder, e não com o terror.
O Fim da Revolução. Ao mesmo tempo, a França conquistava vitórias nos campos de batalha e levava a revolução para solo estrangeiro. Um oficial do Exército, Napoleão Bonaparte, adquiria fama como gênio militar. Um setor da alta burguesia passou a dominar a Convenção e a revolução chegou ao fim. O poder da Comuna de Paris e dos clubes jacobinos foi abolido.
A Convenção elaborou uma Constituição (1795), estabelecendo um novo governo. O Legislativo passou a ter duas câmaras e o Executivo foi entregue a uma junta de cinco diretores. O povo revoltou-se contra a medida tomada pela Convenção, segundo a qual dois terços dos novos representantes deveriam ser escolhidos entre os membros da própria Convenção. Mas Napoleão reprimiu o tumulto, a Convenção foi dissolvida e o novo governo instalou-se no poder.
De 1795 a 1799, o fervor revolucionário decresceu. A situação financeira da França era ruim, e o país continuava ameaçado internamente pelo povo insatisfeito e externamente pelas nações inimigas. Alguns acreditavam que era necessário instalar um governo forte e centralizado. Napoleão, que estava no Egito, regressou e tornou-se governante absoluto da França.

GUILHOTINA



É um aparelho de decapitação mecânica, inventado no período da Revolução Francesa. Criada por Joseph Ignace Gillotin em 1738, a guilhotina tinha a finalidade de proporcionar uma morte rápida e sem dor aos condenados à morte.
O doutor Gillotin defendeu na Assembléia Nacional que esse seria um método mais humanitário, eficaz e igualitário, já que na época os nobres tinham privilégios até na hora de morrer. 

Porém, com a Revolução Francesa todo e qualquer suspeito de se opor ao regime passou a ser decapitado, dessa forma a guilhotina ficou marcada como símbolo de crueldade e opressão.

BREVE RESUMO SOBRE O ILUMINISMO


iluminismo, movimento ocorrido no século XVIII, o “Século das Luzes”, foi uma das conseqüências do Renascimento.
O que foi o iluminismo
Desde esse período o homem buscou respostas fundamentadas na razão, na liberdade de expressão e pensamento. O iluminismo era um portador de uma ideologia revolucionária, que transformou a mentalidade humana.
Era baseado no antropocentrismo (o homem e não Deus como centro), em oposição à ideologia em vigor no período medieval, que era voltada para o teocentrismo (Deus como centro do universo). Os iluministas buscaram esclarecer todas as questões relativas ao homem utilizando a razão, acreditavam que todos eram iguais e tinham direito à liberdade de expressão e de praticar sua religião, fosse ela qual fosse.

No ideário iluminista estavam presentes:

O combate ao absolutismo, pois eles defendiam que as leis deveriam ser elaboradas pela sociedade e não impostas por um rei;
O combate ao mercantilismo que não permitia o desenvolvimento comercial, pois a intervenção do Estado não possibilitava o pleno desenvolvimento da economia;
Ao poder da Igreja, pois suas verdade eram baseadas na fé e os iluministas buscavam a verdade baseada na razão, com princípios científicos.
Defendiam a igualdade jurídica, o direito à propriedade privada, à liberdade de comércio. Apoiavam-se fortemente nas descobertas e revolução das ciências naturais. A razão para os iluministas era a verdadeira maneira de se chegar ao conhecimento, era a luz da humanidade, daí o nome Iluminismo.

Principais pensadores iluministas

Montesquieu (1689-1775): autor de O Espírito das Leis, obra em que faz um estudo comparativo da origem das leis humanas. Montesquieu propôs a divisão do poder em três esferas: Legislativo (que elabora as leis), Executivo (que executa as leis e exerce poder administrativo) e o Judiciário (responsável pela observância das leis). Este modelo inspirou as modernas democracias ocidentais.
Voltaire (1694-1778): foi um dos grandes pensadores iluministas. Em obras como Cândido ou O Otimismo e no Dicionário Filosófico satirizou as injustiças e a ignorância de seu tempo.
Diderot (1713-1784): editor da Encyclopédie, obra que procurava explicar de forma racional todas as questões de interesse humano.
Jean Rousseau (1712-1778): propôs que o homem nasce bom, mas o meio social o corrompe. Sua obra mais importante é Do Contrato Social.
 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

RAINHA ELIZABETH I


Isabel I de Inglaterra
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Isabel I (Elizabeth I)
Rainha de Inglaterra e da Irlanda
Elizabeth I Rainbow Portrait.jpg
Governo
Reinado17 de novembro de 1558 – 24 de março de 1603
Coroação15 de janeiro de 1559
AntecessorMaria I
SucessorJaime I
DinastiaTudor
TítulosDefensora da Fé
Vida
Nascimento7 de setembro de 1533
GreenwichInglaterra.
Morte24 de março de 1603 (69 anos)
Palácio de RichmondRichmond
SepultamentoAbadia de Westminster,LondresInglaterra
PaiHenrique VIII
MãeAna Bolena
AssinaturaAssinatura de Isabel I de Inglaterra
Isabel I (Greenwich7 de setembro de 1533 —
Isabel decidiu que reinaria com bons conselheiros,[1]dependendo fortemente de um grupo de intelectuais de confiança liderado por William Cecil, barão Burghley. Uma das suas primeiras iniciativas como rainha foi apoiar o estabelecimento da igreja protestante inglesa, da qual se tornou governadora suprema. Este Acordo Religioso Isabelino manteve-se firmemente durante o seu reinado e desenvolveu-se, tornando-se naquela que é conhecida hoje como a Igreja de Inglaterra. Era esperado que Isabel se casasse, mas apesar de vários pedidos do parlamento e de numerosas cortes feitas por vários membros de casas reais por toda a Europa, ela nunca o fez. As razões para esta decisão já foram muito debatidas. À medida que envelhecia, Isabel tornou-se famosa pela sua virgindade, criando um culto à sua volta que foi celebrado nos retratos, festas e literatura da época.Isabel I (Greenwich, 7 de setembro de 1533 Richmond, 24 de março de 1603), também conhecida sob a variante Elisabete I ou Elizabeth I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A RainhaVirgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Filha de Henrique VIII, Isabel nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda. Mais tarde, seu meio-irmão, Eduardo VI, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão. No entanto, o seu testamento foi rejeitado, Lady Jane Grey foi executada e, em 1558, Isabel sucedeu à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
Seu reinado é conhecido por Período Elisabetano (ouIsabelino) ou ainda Era Dourada. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente, principalmente na dramaturgia, que rendeu nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare. No campo da navegação, o capitão Francis Drake foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo, enquanto na área do pensamento Francis Bacon pregou suas ideias políticas e filosóficas. As mudanças se estendiam à América do Norte, onde se deram as primeiras tentativas de colonização, que resultaram em geral em fracassos.[2]
Isabel era uma monarca temperamental e muito decidida. Esta última característica, vista com impaciência por seus conselheiros, frequentemente a manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai Henrique VIII, Isabel gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia.
Seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reinado de Isabel. Isabel também reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de 39 para 19. Mais tarde, passaram a ser apenas 14 conselheiros.
A colónia inglesa da Virgínia (futuro estado americano, após a independência dos Estados Unidos), recebeu esse nome em homenagem a Isabel I.